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Mostrando postagens de 2012

Cenas de sexo inesquecíveis.

Quando se vai ao cinema, você busca entretenimento. O que encontra nem sempre é de qualidade, mas mesmo aquilo que não prima pelo bom desempenho pode divertir você de alguma forma. Existem cenas que, mesmo inseridas num filme ruim, pode mudar todo seu conceito sobre o filme com o tempo. Especificamente falando de cenas de sexo, o cinema desnuda (hehehe, não resisti ao trocadilho) aos nossos olhos imagens que podem ser excitantes, como as vistas em Instinto Selvagem , ou perturbadoras, como em Shame , ou até mesmo constrangedoras, como em Pagando bem, que mal tem . Aqui, listo dez cenas que não saem da cabeça, mesmo o filme nem sendo assim tão bom, mas que valem uma espiada pela ousadia. Mandando Bala   O filme não é lá grandes coisas, mas tem uma das cenas de sexo mais inusitadas já pensadas em Hollywood. Clive Owen tenta a todo custo proteger a maravilhosa Monica Bellucci. Na cena em questão, o local onde os dois estão transando é invadido por capangas. Sem parar de fazer

De Davi a Golias: David Fincher e seu cinema.

O nome dele consta como assistente de câmera nos créditos de Star Wars Episódio VI - O Retorno de Jedi . Daí por diante, o jovem e desconhecido David Fincher só cresceu na indústria hollywoodiana. Sua primeira experiência como diretor de cinema foi no filme Alien 3 . Mesmo com a pressão dos produtores da Fox Films, ele fez um filme que fugia dos padrões normais, Fincher acabou imprimindo um certo ar anos 70 em sua ficção científica. Ele teve peito pra matar a heroína, Tenente Ripley, interpretada por Sigourney Weaver, fazendo não o melhor filme da franquia, mas o mais intenso com certeza. A história foi mudada dezenas de vezes e teve uma intervenção quase demoníaca por parte dos executivos, mas Fincher conseguiu manter um pé na densidade das personagens, fazendo um filme que, mesmo com muitas falhas, prima por uma qualidade acima da média em produções em que executivos vivem metendo a mão. Mesmo assim, na ocasião do lançamento da edição especial do Blu Ray da franquia, Fincher solic

De Scorsese a Méliès - a magia do cinema

 Martin Scorsese, famoso diretor ítalo-americano, dirigiu clássicos incontestáveis, dentre eles, dois de meus filmes preferidos, Taxi Driver e Os Bons Companheiros . Então nem preciso dizer da capacidade que esse mestre tem de nos contar  histórias através de imagens. Porém, esse diretor se reinventa com o maravilhoso filme A Invenção de Hugo Cabret. Por que eu digo que ele se reinventou? Scorsese é conhecido por obras que se aprofundam na psiquê de seus personagens, que são, na maioria das vezes, seres perturbados com o mundo onde vivem ou inseridos num mundo de violência e angústia. Os filmes de Scorsese são bem violentos em sua maioria. Cheios de cortes bruscos e com detalhes que beiram o psicodelismo. Com tudo isso, me surpreende a capacidade que ele teve de se virar para um cinema onde reina a magia e as boas mensagens. Hugo Cabret é um garotinho que vive na torre do relógio de uma estação de trens. Ele costuma consertar coisas, como ele faz com o relógio. Também costuma pratica

Grandes lançamentos em 1986

Dando continuidade à minha série de comentários a respeito dos grandes lançamentos, vou falar agora daqueles filmes que foram de alguma forma especiais no mundo em 1986. Naquele ano, o diretor Frank Oz lançava seu simpático musical A pequena loja dos horrores . Comédia de humor negro com atuações inspiradas de atores como Rick Moranis e Steve Martin. Da Austrália, vinha o destemido Crocodilo Dundee , comédia bem irregular mas que fez um tremendo sucesso em seu lançamento e que acabou gerando duas continuações. Foi o ano de lançamento de um pequeno filme chamado A fortaleza , sobre professora que, junto de alguns de seus alunos, acaba virando refém de um grupo de assaltantes. Eles os sequestram e os mantém sob rígida vigilãncia enquanto tentam fugir do encalço da polícia. O filme é muito bom e fez muita gente ficar tenso na época de sua exibição. Esse eu recomendo sem medo. Sean Conery ganharia o Oscar no ano seguinte por sua atuação em O nome da Rosa , em que ele faz um presbítero que

A Árvore da vida: um filme que mostra a natureza e o conflito interno do homem contra o inexplicável

Houve o princípio e, um dia, haverá um fim. E no meio de tudo, houve a vida.  A Árvore da vida , novo filme do diretor Terrence Malick, é uma obra calcada em sensações. Ele não busca exatamente um tipo de emoção, mas a sensibilidade, o questionamento em relação à vida. O diretor é um poeta da imagem, e usa, mais uma vez, esse artifício não para contar uma história, mas para definir sua visão do mundo. Quando eu digo “mais uma vez” é porque o diretor sempre faz seu filme tendo como base uma narrativa visual inconstante em termos cronológicos, como se fossem versos soltos de uma poesia. Um de seus filmes anteriores utilizou esse artifício extremamente bem: Além da linha vermelha . É um filme de guerra, mas que celebra a vida e tenta mostrar a beleza no meio de um conflito horrível. Esse filme se assemelha a A árvore da vida no quesito introspecção. Seus personagens estão sempre indagando, refletindo, sonhando. Quase nunca eles falam uns com os outros. A Árvore da vida é lento, como tod

A obra intrigante de Darren Aronofsky

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 Darren Aronofsky foi chamado de tudo por críticos e detratores, desde um diretor vazio de ideias e cheio de pretensão até um charlatão reacionário. Bem, não posso criticar o homem, tendo em vista que não o conheço, mas posso falar de sua obra, a qual eu admiro imensamente. Em seu primeiro filme, Pi (E.U.A., 1998), Aronofsky já demonstrava sua capacidade de intrigar o espectador com cenas fortes, sem concessões. Sua narrativa cheia de cortes rápidos, num filme em preto e branco e com fotografia extremamente granulada, é bem incômoda e muito interessante. E saber que ele completou o filme com a ajuda de amigos torna a experiência de assistir a ele mais forte ainda. A história de um matemático extremamente inteligente e perturbado que procura um padrão nos números do setor mais caótico do mundo capitalista, a bolsa de valores de Nova York, ganha contornos de filme noir com uma estética moderninha. Apesar de ser um drama pesado, o filme é dinâmico. A câmera na mão nos dá uma sensaç

Presunções idiossincráticas

Por que precisamos de um amor? Por que precisamos ter alguém ao nosso lado? Você já percebeu que tudo que fazemos é para impressionar aos outros. E depois vem aquele que fala: " Eu não ligo pro que os outros pensam." Bobinho... liga sim.. e não só liga como vive em função disso. Se você não ligasse pro que pensam os outros, aí sim, você teria o que eu chamo de liberdade total. mas quem quer essa joça, hein? o que é isso? Liberdade? pffff!!! balela. Estamos presos e sempre estaremos. Estamos presos a convenções ridículas impostas por pessoas desde que o mundo é mundo. Isso se chama comportamento consuetudinário, baseado nos costumes. Alguns países adotam isso como sua carta magna, sua lei maior. Por isso a minha maior questão é: por que, em nome de Deus, precisamos ser amados? pra mim, a resposta é simples: porque somos um bando de egoístas. É isso. Ser altruísta é modinha. Não somos altruístas porque gostamos de ser. Somos porque é bonito, porque todo mundo quer ser, porque

Tropa de elite - fome de Oscar

                       Quando eu falei aqui do filme Tropa de elite , eu fiz a menção do quanto o roteiro é perfeito em termos de cinema de ação brasileiro, até mesmo para padrões internacionais. O filme de José Padilha criou o herói do povo brasileiro, que foi muito criticado por sociólogos e humanistas por ser truculento e não usar a razão. Muitos chegaram a dizer que o filme deixava de lado as falcatruas do governo para exultar a corporação policial de elite, o BOPE. Pura besteira. O filme é ótimo e mete o dedo na ferida sim, e eu derrubo qualquer argumento contra. Mas o caso aqui é saber explicar o porquê do filme não ter entrado pra lista de finalistas do Oscar. Te digo que não é porque os votantes da academia são conservadores e moralistas, republicanos que repudiam críticas às formas mais controversas de arte, o vanguardismo, já que esse não é o caso do filme em questão.                            Na verdade, a trama de Tropa de Elite 2 , apesar de ter uma séria contundênc

Melancolia

No universo de Lars Von Trier, as mulheres são sofredoras e os homens são fracos. Elas suportam até o limite todas as dificuldades que lhes são impostas. Eles caem no choro ou fogem de alguma forma quando as coisas não estão nos eixos. Foi assim em Dogvile , em O Anticristo e continua sendo assim com esse Melancolia. O filme começa com um apanhado de cenas que, à primeira vista, parecem sem sentido. Justine, interpretada com muita competência por Kirsten Dunst, é uma mulher complexa e atravessa uma fase de depressão justamente na noite do casamento. Vemos seu sorriso falso esbarrar na sua vontade de desabar, pois ela parece sempre carregar o mundo nas costas. Assim como em O Poderoso Chefão , uma boa parte da trama se passa durante uma festa de casamento, no caso aqui, essa festa de casamento toma a primeira metade do filme, que é dividido em dois episódios. É ali que conhecemos a mãe de Justine, a seca e ranzinza Gaby, seu alegre pai e, principalmente, sua amedrontada irmã, Claire, co