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Mostrando postagens de 2017

Star Wars - Os Últimos Jedi.

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Bem, meus poucos e queridíssimos leitores, quem me conhece de verdade sabe que sou um fã da franquia Star Wars desde que me conheço por gente. Aliás, posso dizer que a franquia original que se iniciou em 1977 é a principal responsável por eu enxergar o cinema não apenas como entretenimento, mas, também, como terapia e aprendizado. Uma forma de arte que, como costumo dizer, me ensina a ler a vida ao meu redor. Dito isso, vamos ao filme: Os Últimos Jedi é a continuação da nova saga Star Wars após a trilogia anterior que mostrava a derrota e queda do Império Galático provocadas pela rebelião com a ajuda do jovem Luke Skywalker.  O Despertar da Força, filme anterior da saga, juntou novos personagens com os antigos para trazer novo fôlego ao rico universo de Star Wars, além de apresentar a saga às novas gerações após o fiasco artístico que foram as prequels. Este aqui continua a história de Rey, que se engaja na resistência após a Nova Ordem tomar o controle da galáxia, desc

mãe!

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Em um texto antigo , eu me referi ao cineasta Darren Aronofsky como sendo um artista pretensioso, mas disse isso não de forma pejorativa, pois completei a frase dizendo que todo bom cineasta é pretensioso, mas nem todo cineasta pretensioso é bom. Aqui, eu reitero o que foi dito antes, e mais, ele não só é pretensioso como chega a ter lampejos megalomaníacos. Seu novo filme “mãe!” é uma obra incômoda, com algumas cenas (uma em particular) que poderá chocar de verdade boa parte do público, e cuja narrativa é alegórica ao extremo, fazendo com que o espectador tenha de se esforçar para entender os acontecimentos colocados em cena. E acreditem, muitos podem não entender. E algumas pessoas que conseguirem entender podem se sentir ofendidas, o que é bastante compreensivo, haja vista o campo no qual o filme entra. Mas vamos à história, a qual tentarei avaliar sem adentrar muito no que é narrado, pois quanto menos você souber a respeito do filme, melhor será a experiência, porém, será m

Subjetividade da arte e a censura

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Esses dias rolaram pequenas polêmicas acerca de algumas manifestações artísticas pelo Brasil. A primeira delas da qual quero discorrer aqui diz respeito à atual novela das nove horas da Globo, “A Força do querer”, onde alguns personagens fogem dos chamados “bons costumes”, o que implica uma série de críticas, todas infundadas ou baseadas em questões moralistas ou éticas, sem aprofundamento teórico, tratando-se apenas da visão de pessoas que claramente não sabem o significado de qualquer colocação artística além daquelas que estão na superfície, isso sem falar no preconceito incutido nessas pessoas, geralmente levadas a criticar algumas linhas da narrativa por um viés religioso. Em um núcleo da citada novela, temos a personagem Bibi, vivida pela atriz Juliana Paes, e baseada numa pessoa real. Bibi é uma mulher que teve um romance com um homem de família rica, cheio de sonhos e trabalhador, que precisava estudar para percorrer um caminho de maior sucesso profissional, e que acabou

Até o último homem

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Vamos aos fatos: primeiro, separa-se o homem de sua obra. Mel Gibson tem uma fama desagradável, isso é notório, mas seus filmes são dotados de excepcional sensibilidade, apesar da pouca sutileza no que tange à violência. Mas, com exceção, talvez, de "Apocalypto", a violência gráfica está lá para contar a história, e não como recurso para chamar a atenção. Foi assim com seu premiado "Coração Valente". Foi assim, mas com ressalvas, em seu violentíssimo "A Paixão de Cristo", e é assim com este "Até o último homem".  O problema em suas obras anteriores é a polemização, ou da exposição de certa homofobia em "Coração Valente", ou da pregação católica através da violência em seu "A Paixão de Cristo". Mas aqui não há polemização. Existe apenas a incrível (no sentido de realmente não ser crível) história de um homem de fé, um chamado Opositor Consciente, e que, por causa dessa fé, assume uma responsabilidade peculiar e ge

La La Land

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Damien Chazelle, que escreveu e dirigiu este filme, deve considerar Los Angeles (e, por consequência, Hollywood) um lugar irônico. Só assim pra entender o porquê de ele separar a história de seu filme pelas estações do ano, tendo em vista que, quem conhece a geografia do local, sabe que Los Angeles é conhecida por ter sol o ano inteiro, e aí reside a ironia: tudo está num ciclo infinito, então por que contar uma história que se repete como as estações do ano, no caso em questão, estações que sequer mudam as características do tempo? Vejamos, por exemplo, a sinopse de seu filme: dois jovens aspirantes a estrelas, ele da música, ela do cinema (ou TV), se encontram na meca cultural dos Estados Unidos e tentam vencer as dificuldades para conseguir chegar ao estrelato. Ele faz bicos como pianista em bares e ela trabalha como barista numa cafeteria, ou seja, nada muito diferente do que acontece estação após estação. Em certa cena, ela vai a uma audição para mais uma de inúmeras

Capitão Fantástico

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Quando eu terminei de assistir a esse filme, fiquei ali, pensando na forma como vivemos, isso me fez tentar enxergar melhor nossas nuances sociais. Algo que só um dos melhores filmes de 2016 pode fazer. Com direção que varia entre a leveza lúdica comparada à de Wes Anderson e o drama existencial e filosófico, Matt Ross, que também escreveu o roteiro, consegue captar as nuances tanto dramáticas quanto cômicas sem cair no exagero novelesco. Claro que o roteiro ajuda, e as atuações idem, mas falaremos disso mais adiante. A história: Ben (Viggo Mortensen) cria seus seis filhos da forma mais natural possível, em uma casa no meio da floresta, sem qualquer contato com o mundo dito "civilizado". Mas se você pensa que esses filhos são apenas crianças selvagens, que matam animais para poderem comer (como faz pensar a primeira cena), está enganado. Eles tem total liberdade para a leitura de qualquer livro, desde física quântica até o clássico Lolita, e com a vantagem de sere