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Rogue One - Uma História Star Wars

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Quando eu falei sobre o filme " Planeta dos Macacos - O confronto ", eu comecei dizendo que a ficção científica retrata a condição humana de forma mais contundente do que muitos dramas. E, aqui, reafirmo essa posição. "Rogue One" é praticamente um filme de guerra, apesar de todo o escopo fantástico, e é também um filme político sobre política. Aliás, essa é uma característica de toda a Saga Star Wars. O filme é uma espécie de "Os doze condenados" ou "Bastardos inglórios", com a diferença de que se passa num mundo de fantasia espacial. Vemos aqui arcos interessantes, apoiados em personagens que, a bem da história, fazem uma perfeita ligação com o público, com exceção, talvez, da própria protagonista, Jyn Erso, vivida por Felicity Jones, de "A Teoria de Tudo". Filha do cientista Galen Erso (Mads Mikkelsen, da série "Hannibal"), Jyn se vê numa situação de desconforto quando se junta a um grupo de renegados com a m

A Chegada ou quando humanas e exatas se abraçam.

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Já estamos quase no fim do ano e finalmente temos algo mais que um filme de super-herói ou adaptação de spin-offs de famosos personagens literários. "A Chegada" é baseado no conto de Ted Chiang "Story of your life", e é dirigido por Denis Villeneuve, responsável por obras como "Sicário" e o maravilhoso "Os Suspeitos", com Hugh Jackman. Ele também está no comando da sequência de "Blade Runner", e esse filme dá a ele certa segurança para a realização de seu iminente feito. Aqui, temos a história da linguista e professora universitária Dra. Louise Banks, que, após a chegada de várias espaçonaves pelo mundo, é chamada pelo exército com a finalidade de tentar se comunicar com os extraterrestres. Nessa missão, também embarca o Dr. Ian Donnely, cientista matemático interpretado por Jeremy Renner. Apesar de simples, a história não tem nada de simplista. Começa pelos caminhos criados pelo roteirista Eric Heisserer (Quando as luzes se a

Dicas para quem tem Netflix

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Bom, nessa sessão resolvi postar dicas de filmes para o fim de semana de quem tem Netflix. O objetivo aqui é indicar filmes pouco conhecidos da grande maioria do público ou filmes clássicos, que há muito já saíram da mídia, mas que primam por serem verdadeiras obras de arte, sem nunca perder o que tem a oferecer e que estejam disponível no site de streaming. Vamos começar. Jogos, trapaças e dois canos fumegantes. EUA. 1998. Dirigido por Guy Ritchie. O primeiro filme dessa sessão é essa comédia de humor negro e de ação dirigida por Guy Ritchie (Sherlock Holmes) e tendo como um dos atores principais o hoje astro de ação Jason Statham. O filme conta a história de um grupo de quatro amigos que vivem de aplicar pequenos golpes em Londres, mas que acabam se metendo em uma confusão com os maiores criminosos da máfia local. Em dívida e desesperados, eles apelam para um roubo que, sem querer dar spoiler, não acaba tão bem, apesar de eles acharem que sim. O filme se desenvolve lentamen

Batman vs Superman - a origem da justiça

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"Você é um 'reaça' que só quer agir com violência porque não sabe argumentar" "Você é um comunistazinho de merda que só por que tem superpoderes acha que pode ser superior ao homem". Parece até papo de comentário de internet em notícia da política brasileira (claro que, nesse caso, a coisa é bem menos polida), mas se trata dos desentendimentos entre o alienígena bonzinho que não quer matar ninguém (Henry Cavill), pois acha que todos tem a chance de se recuperar, e o justiceiro anti-herói (Ben Affleck) que, desiludido com a humanidade, apela para sua riqueza, seu conhecimento e inteligência para praticar vingança contra todos que saem da linha. Existe uma fala no filme que poderia resumir todo o embate: "tudo o que é feito nesse mundo é político". O que me deixa triste, bem, triste não, só um pouquinho desapontado, é perceber que, apesar da capa política, tudo não passa do bom e velho plano do vilão para conseguir poder (ou conquistar

Os oito odiados

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Vamos aos fatos. Tarantino é um diretor talentoso, com extremo conhecimento da linguagem cinematográfica. Seus filmes geralmente tem uma função catártica, mas nunca de um modo prosaico, clichê. As personagens geralmente são amorais. Seu cinema não chega a ser maniqueísta, e ele sabe como manipular uma história. Por falar em história, "Os oito odiados" nos conta a de oito pessoas presas numa cabana em meio a uma tempestade de neve descomunal. Simples assim. Bem, simples, mas nem tanto. Como eu disse acima, os personagens vivem num campo cinzento de moralidade, então não existe um mocinho de fato, mas você acaba torcendo por um (ou mais) deles, graças, é claro, à capacidade manipuladora desse inteligente realizador. Suas posições de câmera são quase sempre bem referenciais, mas não espere um filme tipo "Django livre". Este aqui está mais para "Cães de aluguel", e isso se dá pela explosão de violência que ocorre do meio para o final do filme e pel