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Mostrando postagens de junho, 2015

Conheçam João Brasil!

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João Brasil nasceu. Nasceu num berço qualquer de um hospital de interior. Nasceu de uma mãe menina. Nasceu sem conhecer o pai. Nasceu negro. Nasceu pobre.   João Brasil foi dado à tia que vivia em uma favela de cidade grande, pois a menina que o pariu não sabia cuidar nem de si mesma. A tia, mãe de outros três filhos, não queria aceitar, mas aceitou mesmo assim. Dava a ele leite quando chorava, e uma cama quando tinha sono. E quando birrava, lhe dava tapas, que foram crescendo de intensidade à medida que João Brasil adquiria mais idade. João Brasil nem se atrevia a chamar a tia de mãe. Ela lhe daria mais tapas caso isso acontecesse. Sempre ignorado em casa, resolveu sair. João Brasil saiu e viu o Brasil das grandes cidades, e também das pequenas. Ele tentou estudar, morando nas ruas, sem nada para comer. Mesmo assim, ia à escola. Lá tinha merenda, e tinha colegas que o chamavam de pretinho. Sem roupa lavada e envergonhado, João Brasil parou de ir à escola. Mas mesmo a

Pequena obra prima fala da intolerância ao que parece diferente.

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Pleasantville – a vida em preto e branco (Pleasantville, 1998) de Gary Ross. Com: Tobey Maguire, Reese Whiterspoon, Jeff Daniels, Paul Walker, Joan Allen, William H. Macy, Don Knotts. As mudanças fazem parte de nossas vidas. Isso é fato. O que seria de nós seres humanos sem mudanças? Talvez ainda estivéssemos vivendo em cavernas, sem eletricidade e sem internet. Só que algumas pessoas, ao invés de aceitar as mudanças e àqueles que as promovem, reagem com discursos intolerantes, alguns até de forma violenta. Não aceitam que as coisas acontecem e não podemos controlar tudo o que ocorre no mundo. O certo é que, se não entendermos as mudanças ao nosso redor e não as aceitarmos, vamos agir sempre de forma ignorante, sem conhecer o mundo. Sem conhecer o outro.   E é sobre isso que essa pequena pérola do cinema fala: mudanças e como reagimos a elas. Na história, Tobey Maguire é David, um jovem nerd fã de um antigo seriado de TV em preto e branco, chamado Pleasantville, sob

Top 30 - parte 2.

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Finalmente saiu. A segunda parte do meu Top 30 de melhores filmes em minha opinião. Quem quiser ver a primeira parte, basta clicar aqui e você poderá ler o resto de minha pequena e humilde listinha. Bem, sem mais delongas, aqui vai a parte 2. 20° - Taxi Driver. Filme de 1976. Dirigido por Martin Scorsese. Com Robert De Niro, Jodie Foster, Harvey Keithel. Um homem solitário dentro de um táxi, observando as pessoas e sua forma suja de viver na cidade de Nova Iorque. A música apoteótica de Bernard Herrman traduzindo muito bem a visão de mundo do protagonista, Travis Bickle. Uma paixão não correspondida por uma bela mulher. Decepção ao perceber a degradação do ser humano através da prostituta Iris, de apenas 12 anos, vivida por Jodie Foster, ainda quase criança. Explosão de fúria e vingança. Tudo embaralhado em um roteiro que fala, acima de tudo, da solidão e da rejeição. Com isso, só podemos esperar algo violento pela frente. E é o que vem. Só que essa violência é a lam