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Planeta dos macacos - o confronto

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                                         Eu sempre disse que a ficção científica muitas vezes retrata melhor a condição humana do que muitos dramas.  Este "O Planeta dos Macacos - o confronto" ilustra muito bem essa afirmação.                      Quase ninguém no Brasil conhece o livro no qual o filme original foi baseado, escrito pelo francês Pierre Boulle, em 1963. E é incrível como a alegoria sobre intolerância continua tão atual. E quando vemos filmes como esse, é impossível, pra quem tem o mínimo conhecimento em atualidade e história, não fazer uma analogia sobre os acontecimentos na faixa de Gaza. E o que nos deixa mais tristes é o quão real é a metáfora mostrada no filme. E por esse cinema, que, apesar de entretenimento, nos faz refletir sobre o que ocorre ao nosso redor, é imensamente prazeroso escrever a respeito.                 Na história, que começa com uma introdução onde se explica o que houve desde os acontecimentos do filme anterior, vemos como o

Sobre "Ela"...

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         A cena está escura. Você apenas ouve um homem e uma mulher que parecem estar fazendo sexo. Tudo parece muito excitante, mas ao invés de você também se excitar, você sente apenas uma lágrima escorrer do seu rosto, porque você não vê aquilo apenas como uma cena que sugere sexo, mas que sugere a descoberta do verdadeiro amor. Daquele que pode demorar uma vida pra aparecer, ou que nem aparece, mas que quando aparece, você não quer nunca se perder daquilo. Você sofre com as dúvidas e se sente bem por estar assim, simplesmente amando. Esse é o tipo de sentimento que se tem ao assistir "Ela", o último trabalho do ótimo diretor Spike Jonze.  Vindo dos videoclips e dono de uma filmografia no mínimo instigante, como "Quero ser John Malkovic" e "Onde vivem os monstros", Jonze realiza aqui uma obra que consegue explorar sensações humanas conflitantes, como a dúvida em amar, em se permitir, e a vontade de se jogar ao amor, sem se importar, e pra isso e