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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

A Árvore da vida: um filme que mostra a natureza e o conflito interno do homem contra o inexplicável

Houve o princípio e, um dia, haverá um fim. E no meio de tudo, houve a vida.  A Árvore da vida , novo filme do diretor Terrence Malick, é uma obra calcada em sensações. Ele não busca exatamente um tipo de emoção, mas a sensibilidade, o questionamento em relação à vida. O diretor é um poeta da imagem, e usa, mais uma vez, esse artifício não para contar uma história, mas para definir sua visão do mundo. Quando eu digo “mais uma vez” é porque o diretor sempre faz seu filme tendo como base uma narrativa visual inconstante em termos cronológicos, como se fossem versos soltos de uma poesia. Um de seus filmes anteriores utilizou esse artifício extremamente bem: Além da linha vermelha . É um filme de guerra, mas que celebra a vida e tenta mostrar a beleza no meio de um conflito horrível. Esse filme se assemelha a A árvore da vida no quesito introspecção. Seus personagens estão sempre indagando, refletindo, sonhando. Quase nunca eles falam uns com os outros. A Árvore da vida é lento, como tod

A obra intrigante de Darren Aronofsky

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 Darren Aronofsky foi chamado de tudo por críticos e detratores, desde um diretor vazio de ideias e cheio de pretensão até um charlatão reacionário. Bem, não posso criticar o homem, tendo em vista que não o conheço, mas posso falar de sua obra, a qual eu admiro imensamente. Em seu primeiro filme, Pi (E.U.A., 1998), Aronofsky já demonstrava sua capacidade de intrigar o espectador com cenas fortes, sem concessões. Sua narrativa cheia de cortes rápidos, num filme em preto e branco e com fotografia extremamente granulada, é bem incômoda e muito interessante. E saber que ele completou o filme com a ajuda de amigos torna a experiência de assistir a ele mais forte ainda. A história de um matemático extremamente inteligente e perturbado que procura um padrão nos números do setor mais caótico do mundo capitalista, a bolsa de valores de Nova York, ganha contornos de filme noir com uma estética moderninha. Apesar de ser um drama pesado, o filme é dinâmico. A câmera na mão nos dá uma sensaç