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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Presunções idiossincráticas

Por que precisamos de um amor? Por que precisamos ter alguém ao nosso lado? Você já percebeu que tudo que fazemos é para impressionar aos outros. E depois vem aquele que fala: " Eu não ligo pro que os outros pensam." Bobinho... liga sim.. e não só liga como vive em função disso. Se você não ligasse pro que pensam os outros, aí sim, você teria o que eu chamo de liberdade total. mas quem quer essa joça, hein? o que é isso? Liberdade? pffff!!! balela. Estamos presos e sempre estaremos. Estamos presos a convenções ridículas impostas por pessoas desde que o mundo é mundo. Isso se chama comportamento consuetudinário, baseado nos costumes. Alguns países adotam isso como sua carta magna, sua lei maior. Por isso a minha maior questão é: por que, em nome de Deus, precisamos ser amados? pra mim, a resposta é simples: porque somos um bando de egoístas. É isso. Ser altruísta é modinha. Não somos altruístas porque gostamos de ser. Somos porque é bonito, porque todo mundo quer ser, porque

Tropa de elite - fome de Oscar

                       Quando eu falei aqui do filme Tropa de elite , eu fiz a menção do quanto o roteiro é perfeito em termos de cinema de ação brasileiro, até mesmo para padrões internacionais. O filme de José Padilha criou o herói do povo brasileiro, que foi muito criticado por sociólogos e humanistas por ser truculento e não usar a razão. Muitos chegaram a dizer que o filme deixava de lado as falcatruas do governo para exultar a corporação policial de elite, o BOPE. Pura besteira. O filme é ótimo e mete o dedo na ferida sim, e eu derrubo qualquer argumento contra. Mas o caso aqui é saber explicar o porquê do filme não ter entrado pra lista de finalistas do Oscar. Te digo que não é porque os votantes da academia são conservadores e moralistas, republicanos que repudiam críticas às formas mais controversas de arte, o vanguardismo, já que esse não é o caso do filme em questão.                            Na verdade, a trama de Tropa de Elite 2 , apesar de ter uma séria contundênc

Melancolia

No universo de Lars Von Trier, as mulheres são sofredoras e os homens são fracos. Elas suportam até o limite todas as dificuldades que lhes são impostas. Eles caem no choro ou fogem de alguma forma quando as coisas não estão nos eixos. Foi assim em Dogvile , em O Anticristo e continua sendo assim com esse Melancolia. O filme começa com um apanhado de cenas que, à primeira vista, parecem sem sentido. Justine, interpretada com muita competência por Kirsten Dunst, é uma mulher complexa e atravessa uma fase de depressão justamente na noite do casamento. Vemos seu sorriso falso esbarrar na sua vontade de desabar, pois ela parece sempre carregar o mundo nas costas. Assim como em O Poderoso Chefão , uma boa parte da trama se passa durante uma festa de casamento, no caso aqui, essa festa de casamento toma a primeira metade do filme, que é dividido em dois episódios. É ali que conhecemos a mãe de Justine, a seca e ranzinza Gaby, seu alegre pai e, principalmente, sua amedrontada irmã, Claire, co