Cenas de sexo inesquecíveis.
Quando se vai ao cinema, você busca entretenimento. O que encontra nem
sempre é de qualidade, mas mesmo aquilo que não prima pelo bom desempenho pode
divertir você de alguma forma. Existem cenas que, mesmo inseridas num filme
ruim, pode mudar todo seu conceito sobre o filme com o tempo. Especificamente
falando de cenas de sexo, o cinema desnuda (hehehe, não resisti ao trocadilho) aos nossos olhos imagens que podem
ser excitantes, como as vistas em Instinto
Selvagem, ou perturbadoras, como em Shame,
ou até mesmo constrangedoras, como em Pagando
bem, que mal tem. Aqui, listo dez cenas que não saem da cabeça, mesmo o
filme nem sendo assim tão bom, mas que valem uma espiada pela ousadia.
Mandando Bala
O filme não é lá grandes coisas, mas tem uma das cenas de
sexo mais inusitadas já pensadas em Hollywood.
Clive Owen tenta a todo custo proteger a maravilhosa Monica Bellucci. Na cena em questão, o local onde os dois estão transando é invadido por capangas. Sem
parar de fazer sexo, o personagem de Owen luta e dá cabo de todos os bandidões
que tentam acabar com ele, literalmente sem tirar de dentro.
Kika
Kika é um filme confuso à primeira vista, mas Almodóvar não costuma brincar
em serviço quando o assunto é bizarrice. O filme é uma crítica ao femismo
exacerbado e ao machismo. Numa cena específica, um estuprador
chamado Paul que tinha acabado de fugir da prisão, pede abrigo à sua irmã,
Juana, na casa onde esta trabalha como empregada: a casa de Kika. O rapaz, ao
se deparar com a patroa de Juana, a Kika do título, acaba iniciando um estupro.
A cena, de início, parece um pouco repugnante, mas acaba sendo uma das mais
engraçadas cenas de estupro já feitas. Kika, que começa gritando por socorro,
enquanto a irmã de Paul, o estuprador, tenta a todo custo tirá-lo de cima da
patroa, acaba demonstrando resignação e desdém por aquele ato depois de um certo tempo.
Ela já não faz nenhuma tentativa de impedir o seu estupro e, sem oferecer mais nenhuma resistência, espera o seu estuprador
terminar o serviço. O fim da cena é hilário, surreal e nojento.
Top Gang 2 – A missão.
O.K., o filme é uma comédia escrachada que faz paródias de grandes filmes de
ação americanos. Uma das paródias é em cima de Instinto Selvagem, thriller
dirigido por Paul Verhoeven, de Robocop,
e estrelado por Michael Douglas e Sharon Stone. Na cena, Charlie Sheen reencontra
uma namorada do primeiro filme. Os dois começam a “pegação” dentro da limusine,
sob o olhar curioso do motorista (que não desiste de observar o casal nem quando é posto pra fora do carro em movimento), e terminam numa cama, com direito a salto
ornamental da mulher em cima de Charlie Sheen e cavalgada com gritinhos de “yupiiiii” e chapéu balançando.
Hilário é pouco.
Cidade dos sonhos.
David Lynch é um diretor estranho. Aliás, seus filmes são estranhos ao
extremo, praticamente pesadelos filmados. Geralmente, as linhas narrativas se misturam, personagens mudam de
nomes e de rostos sem aviso prévio, entre outras bizarrices. E dentro disso,
esse Cidade dos sonhos, ao lado de A estrada perdida, pode ser considerado
um de seus filmes mais estranhos. No entanto, existe certa coerência e você
pode considerar esse filme um quebra-cabeças, daqueles bem difíceis de se
montar. Agora, dentro de tudo isso, há uma cena bem quente que ocorre entre a
atriz Naomi Watts, de King Kong e
Laura Harring. As duas se encontram em uma situação surreal, após um acidente
sofrido pela primeira. A personagem de Laura Harring dá abrigo à outra, e as
duas começam uma relação lésbica que deu o que falar e culmina numa cena de
sexo romântica, e tão bem idealizada, que parece uma coisa natural entre as
duas atrizes. Esse é um filme pra poucos. Pra se ver mais de uma vez, e sempre
muito ligado, porque o diretor costuma colocar pistas da solução dos mistérios
nos detalhes, e essa cena de sexo em questão é cheia de detalhes.
Recomendadíssimo.
O Anticristo
Taí um diretor que gosta de polemizar: Lars Von Trier. O dinamarquês fez
Nicole Kidman sofrer muito no filme Dogville,
mas pouca coisa em sua filmografia é tão perturbadora como a cena de sexo no
chuveiro da atriz Charlotte Gainsbourgh e do ator Willem Dafoe. Em preto e branco,
a cena mostra os dois em sua relação quente enquanto o filho do casal é morto
em um acidente caseiro. Após isso, a personagem de Gainsbourgh entra em crise
de depressão, e o diretor vai mostrando o quanto o sexo pode deixar alguém com
um sentimento de culpa. É, Lars Von Trier é um manipulador de emoções, e ele o
faz com certa maestria, apesar de aqui ele pesar a mão.
Kids
No meio dos anos 1990, Larry Clark criou esse pequeno filme, que mostra um
dia na vida de delinquentes juvenis do gueto nova-iorquino. O consumo de drogas
e o sexo sem proteção estava presente na vida deles. E o diretor mostra esse
sofrimento, muitas vezes escondido em meios às brigas violentas de gangues e às
festas despudoradas. Na trama, a estreante atriz Chloe Sevigny descobre estar
com HIV. Ela tinha feito sexo apenas uma vez. Então ela parte em busca daquele
que a desflorou, um tipo Don Juan do gueto. Este conquista as meninas uma atrás
da outra, espalhando, sem saber, a terrível doença. A personagem de Chloe vai
parar numa festa e, enquanto dorme, meio drogada, ela é estuprada por um dos “amigos”.
O filme, produzido por Gus Van Sant, fez sucesso no meio independente, mas
Larry Clark nunca mais fez algo tão contundente.
Meninos não choram
A cidade: Falls City. A personagem: Teena Brandon. A história é baseada em
fatos reais. E conta a trajetória de Teena, que se tornou Brandon Teena e gerou
um ciclo de violência quando da descoberta de sua verdadeira identidade por conta da intolerância e preconceito dos habitantes locais. Teena (Hillary
Swank) se apaixonou por Lana, interpretada de forma singular por Chloe Sevigny (olha
ela aqui de novo). Numa cena de sexo entre as duas, elas se tocam e se beijam
de uma forma tão bela e tão intensa, que é fácil perceber o porquê de Lana ter
se apaixonado perdidamente por Teena, mesmo quando ela descobre que seu
namorado era, na verdade, outra mulher. A cena é linda, intensa, quente.
Inesquecível. O filme é forte, intrigante e não é de fácil digestão.
Bonitinha, mas ordinária.
Quem foi garoto nos anos de 1980 e nunca se excitou vendo as chanchadas
brasileiras, que atire a primeira pedra. Neste clássico brasileiro, Lucélia
Santos, linda e com um rostinho angelical, se entrega para cinco negros bem
dotados durante uma chuva enquanto seu marido apenas assiste, desolado. A cena
é datada, mas ainda persiste a atuação da jovem Lucélia Santos em um cinema de
vanguarda. A sua entrega é surpreendente, e a cena, idem.
O último tango em Paris
Nenhuma cena de sexo no cinema é tão memorável quanto a deste filme, um
libelo do erotismo de Bernardo Bertolucci. Aliás, Bertolucci é mestre em
realizar belas cenas eróticas, Michael Pitt e Eva Green que o digam, já que os
dois faziam um sexo libertador em Os
sonhadores. Aqui, Marlon Brando, antes
de penetrar Maria Shneider, passa um pouco de manteiga pra facilitar o serviço.
A cena é tão controversa e comentada, que virou até comercial (um tanto quanto
deselegante, mas se quiser ver, fique à vontade clicando aqui).
Team america – detonando o mundo.
Trey Parker e Matt Stone são mais conhecidos através de sua anárquica série
animada South Park. Em Team America eles contam a história de um grupo de elite americano que tem a missão de
salvar o mundo de grandes ameaças. Tudo não passa de uma desculpa esfarrapada
pra parodiar e brincar com a estrutura dos filmes de ação americanos e os
astros que sempre dão as caras neles, como Alec Baldwin, que processou os
produtores pela brincadeira. No entanto, a jogada surtiu alguns efeitos.
O filme é ótimo, mas não agrada a qualquer um. Até porque os personagens do
filme são bonecos. E é exatamente por isso que essa cena de sexo é tão
inesquecível. Só vendo pra crer. Os bonequinhos fazem as maiores de todas as sacanagens
possíveis numa cena de sexo. Exageros à parte, vale à pena mais uma
vez pelo jeito ousado e pelas críticas aos enlatados de ação que são lançados
todos os dias por aí.
Gostaram das dicas? Se quiser, pode contribuir com sua listinha pessoal.
Um grande abraço a todos e até a próxima, que espero que seja bem breve.
Roberto Dias
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