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Mostrando postagens de setembro, 2017

mãe!

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Em um texto antigo , eu me referi ao cineasta Darren Aronofsky como sendo um artista pretensioso, mas disse isso não de forma pejorativa, pois completei a frase dizendo que todo bom cineasta é pretensioso, mas nem todo cineasta pretensioso é bom. Aqui, eu reitero o que foi dito antes, e mais, ele não só é pretensioso como chega a ter lampejos megalomaníacos. Seu novo filme “mãe!” é uma obra incômoda, com algumas cenas (uma em particular) que poderá chocar de verdade boa parte do público, e cuja narrativa é alegórica ao extremo, fazendo com que o espectador tenha de se esforçar para entender os acontecimentos colocados em cena. E acreditem, muitos podem não entender. E algumas pessoas que conseguirem entender podem se sentir ofendidas, o que é bastante compreensivo, haja vista o campo no qual o filme entra. Mas vamos à história, a qual tentarei avaliar sem adentrar muito no que é narrado, pois quanto menos você souber a respeito do filme, melhor será a experiência, porém, será m

Subjetividade da arte e a censura

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Esses dias rolaram pequenas polêmicas acerca de algumas manifestações artísticas pelo Brasil. A primeira delas da qual quero discorrer aqui diz respeito à atual novela das nove horas da Globo, “A Força do querer”, onde alguns personagens fogem dos chamados “bons costumes”, o que implica uma série de críticas, todas infundadas ou baseadas em questões moralistas ou éticas, sem aprofundamento teórico, tratando-se apenas da visão de pessoas que claramente não sabem o significado de qualquer colocação artística além daquelas que estão na superfície, isso sem falar no preconceito incutido nessas pessoas, geralmente levadas a criticar algumas linhas da narrativa por um viés religioso. Em um núcleo da citada novela, temos a personagem Bibi, vivida pela atriz Juliana Paes, e baseada numa pessoa real. Bibi é uma mulher que teve um romance com um homem de família rica, cheio de sonhos e trabalhador, que precisava estudar para percorrer um caminho de maior sucesso profissional, e que acabou