No frio do distante dezembro

Força de natal à espreita
juras de amor e estima
amor de um longe vazio
estima de um perto tão frio
onde sorri uma criança
e cem de prantos se escondem
que dezembro dizem é esperança
mas o resto não é nem lembrança
Presentes de rostos desconhecidos
Que logo se tornam esmaecidos
Se afastam dos meninos esquecidos
E das meninas em seus trapos tecidos
Sorriso fulgaz na aurora natalina
alimentam vorazes crianças celestinas
com suas fomes diferentes
onde se despem de seus presentes
e trocariam por qualquer carinho
verdadeira mudança de caminho
carinho real de um pai, de uma mãe
De uma mãe que há muito se foi
De um pai que só se supõe
Se rodeiam de seu vazio ordinário
e escondem sua esperança no armário
e continuam até seu dezembro
chegar e ficar sem tempo
e mudam as brisas
e mudam os sorrisos
e ficam os sorrisos
por um momento eterno
por seu dezembro eterno

Por

Roberto Dias

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