Perdido em Marte - eu vi.
Perdido em Marte (The Martian)
Dirigido por: Ridley Scott. Com: Matt Damon, Chiwettel Ejiofor, Jessica Chastain.
Dirigido por: Ridley Scott. Com: Matt Damon, Chiwettel Ejiofor, Jessica Chastain.
Aparecem notícias de água em Marte e aí Hollywood lança esse filme, baseado no livro de Andy Weir.
Na trama, Matt Damon é Mark Watney, o décimo sétimo homem a pisar em solo marciano. Após uma tensa tempestade, ele se separa de sua equipe, que sai do planeta achando que ele está morto. Logo o público sabe que ele está vivo, e mais do que isso, se trata de um grande fanfarrão.
Watney não só se torna o primeiro homem a plantar em Marte, mas também se torna um Youtuber, gravando tudo o que faz em pequenos vídeos, nos quais ele conversa com o público. Esse recurso se torna um interessante meio de colocar diálogos altamente expositivos sem perder a linha dramática, fazendo com que a trama não se desloque tanto da linha narrativa proposta com digressões extensas para explicar o que ocorre, no entanto, isso não causa um efeito tão positivo assim, e mais abaixo explico o porquê.
As cenas de ação são poucas e, tendo em vista que esse é um filme que se
apoia no humor, deveria ser complementado com altas doses de adrenalina,
o que não acontece, se perdendo em diálogos demais e cheios de ideias
que não se concretizam ou se concretizam de forma fraca. A parte
científica é bem interessante, e pode despertar a vontade em muitos
jovens de seguir uma carreira na área de astronomia ou algo assim.
O roteiro de Drew Goddard, como já dito antes, se apoia em boas doses de humor, o que pode ser frustrante para o tipo de história que se é contada aqui, pois se trata de uma obra que fala basicamente de sobrevivência, e isso demandaria um certo aspecto de urgência ao filme. Porém, qualquer traço de tensão é apagado pelas frequentes piadas jogadas na trama, o que é decepcionante, principalmente pra quem está acostumado às obras de ficção científica de Ridley Scott, que fez Blade Runner e Alien - o oitavo passageiro. Por essa razão, os diálogos expositivos, ao invés de causarem cansaço, exatamente por serem acompanhados de piadinhas, tornam a "didática" menos pesarosa, mas faz com que o público acabe não sentindo o perigo pelo qual passa o protagonista.
Enfim, não é tão ruim quanto Êxodo, mas não chega nem aos pés de outros grandes filmes de Ridley Scott, como os dois citados no parágrafo anterior ou Gladiador.
Um forte abraço a até a próxima leitura.
Roberto Dias
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