A Árvore da vida: um filme que mostra a natureza e o conflito interno do homem contra o inexplicável
Houve o princípio e, um dia, haverá um fim. E no meio de tudo, houve a vida. A Árvore da vida , novo filme do diretor Terrence Malick, é uma obra calcada em sensações. Ele não busca exatamente um tipo de emoção, mas a sensibilidade, o questionamento em relação à vida. O diretor é um poeta da imagem, e usa, mais uma vez, esse artifício não para contar uma história, mas para definir sua visão do mundo. Quando eu digo “mais uma vez” é porque o diretor sempre faz seu filme tendo como base uma narrativa visual inconstante em termos cronológicos, como se fossem versos soltos de uma poesia. Um de seus filmes anteriores utilizou esse artifício extremamente bem: Além da linha vermelha . É um filme de guerra, mas que celebra a vida e tenta mostrar a beleza no meio de um conflito horrível. Esse filme se assemelha a A árvore da vida no quesito introspecção. Seus personagens estão sempre indagando, refletindo, sonhando. Quase nunca eles falam uns com os outros. A Árvore da vida é lento, como...