Até o último homem

Vamos aos fatos: primeiro, separa-se o homem de sua obra. Mel Gibson tem uma fama desagradável, isso é notório, mas seus filmes são dotados de excepcional sensibilidade, apesar da pouca sutileza no que tange à violência. Mas, com exceção, talvez, de "Apocalypto", a violência gráfica está lá para contar a história, e não como recurso para chamar a atenção. Foi assim com seu premiado "Coração Valente". Foi assim, mas com ressalvas, em seu violentíssimo "A Paixão de Cristo", e é assim com este "Até o último homem". O problema em suas obras anteriores é a polemização, ou da exposição de certa homofobia em "Coração Valente", ou da pregação católica através da violência em seu "A Paixão de Cristo". Mas aqui não há polemização. Existe apenas a incrível (no sentido de realmente não ser crível) história de um homem de fé, um chamado Opositor Consciente, e que, por causa dessa fé, assume uma responsabilidade peculiar e ge...